A longevidade das empresas no setor de saúde, especialmente as de pequeno e médio porte, frequentemente enfrenta um grande obstáculo: a transição geracional. Muitos fundadores, médicos e profissionais de saúde, têm dificuldade em se aposentar e deixar de gerenciar o dia a dia de suas clínicas, hospitais e laboratórios. Essa resistência não é apenas uma questão de apego ao negócio, mas está frequentemente relacionada à ausência de uma estrutura de governança profissionalizada e à falta de planejamento para sucessão.
De acordo com um estudo da Harvard Business School, “a falha em preparar sucessores qualificados pode comprometer não apenas a continuidade do negócio, mas também sua viabilidade financeira” (Davis, Schoorman & Donaldson, 1997). No setor de saúde, onde muitos dos fundadores são médicos, essa realidade é ainda mais acentuada, pois muitos desses profissionais não se veem fora da função executiva e não preparam adequadamente a próxima geração de líderes, sejam eles herdeiros familiares ou executivos contratados.
Muitas vezes, os herdeiros familiares não possuem o conhecimento necessário para assumir a gestão de empresas no setor de saúde, que exige uma compreensão profunda tanto da operação quanto da administração. A falta de preparo e a ausência de um modelo claro de governança e sucessão levam a desfechos preocupantes. Segundo a Columbia Business School, mais de 70% das empresas familiares não sobrevivem à transição da segunda para a terceira geração (Ward, 2011). Os principais motivos? Falta de planejamento sucessório e desentendimentos familiares.
Outro desafio crítico é a transição dos fundadores do papel de executivos para o de membros de conselhos de administração. Muitos médicos empreendedores têm dificuldade em adotar uma postura mais estratégica e menos operacional, o que gera conflitos e impasses na gestão da empresa. Ao tentar manter o controle, eles acabam por minar a autonomia de novos gestores e perpetuar os mesmos problemas de governança que deveriam ser resolvidos com a sucessão.
Os desfechos mais comuns para empresas que não preparam adequadamente suas sucessões são a venda emergencial do negócio, que geralmente resulta em uma desvalorização dos ativos, ou a dissolução da empresa por conflitos internos. Ambos os cenários podem ser evitados com a estruturação correta de um modelo de governança, o planejamento sucessório e a formação de um conselho de administração que inclua tanto membros familiares quanto externos, garantindo uma visão mais objetiva e estratégica para o futuro da empresa.
Portanto, a perenidade de uma empresa de saúde depende de um planejamento estratégico sólido e de uma governança madura. A transição geracional é um dos momentos mais críticos, e é fundamental contar com o apoio de uma consultoria experiente para auxiliar no processo. A AvantMSG está preparada para apoiar empresas de saúde na estruturação de modelos de governança, sucessão e transição para uma gestão mais profissionalizada, garantindo assim a continuidade e o sucesso do negócio ao longo das gerações.